Capitã Marvel – Resenha do filme MCU estrelado por Brie Larson
Ano: 2019 |
Título Original: Captain Marvel |
Dirigido por: Anna Boden, Ryan Fleck |
Avaliação: ★★★★☆ (Ótimo) |
Capitã Marvel é, possivelmente, o filme mais comentado do ano até o momento, e também o último do Marvel Cinematographic Universe antes do tão aguardado Vingadores: Ultimato, o capítulo final deste ciclo da Marvel nos cinemas.
O longa introduz a última protagonista faltante ao universo Marvel de heróis no cinema: Carol Danvers (Brie Larson), a Capitã Marvel, uma das personagens mais poderosas dos quadrinhos e que transita tanto no cenário “urbano” quanto cósmico da Marvel – e alguém que terá papel vital no próximo Vingadores.
O filme apresenta a origem da heroína de uma maneira diferente da maior parte dos outros heróis, iniciando a estória de um ponto em que ela ainda não conhece sua própria identidade, e não onde teria ganhado seus poderes ou anterior a isso – o que já torna a trama mais interessante. Aqui, a personagem, sob o nome Vers, é uma guerreira da raça Kree que combate em uma longa guerra contra a raça invasora dos Skrulls.
Durante uma missão, Vers é capturada pelos Skrulls, que buscam um segredo na mente da protagonista, cujas lembranças difusas a fazem questionar sua identidade. Após confrontar os alienígenas, a garota acaba fugindo para a Terra, onde conhece o agente Nick Fury (Samuel L. Jackson) e também descobre mais sobre seu verdadeiro passado.
Capitã Marvel é a peça que faltava no quebra-cabeça do MCU, não somente no que diz respeito à construção deste universo de heróis no cinema e sua estória, mas como um filme de super heróis com elementos ainda não vistos. Ou melhor, de super heroína.
Trata-se de um marco no cinema de quadrinhos: Capitã Marvel é o primeiro filme de super heróis da Marvel Comics protagonizado por uma heroína, uma personagem extremamente poderosa e independente, que não precisa de um amparo masculino em suas ações ou um relacionamento amoroso forçado para justificar seu protagonismo. Que reforça a independência da mulher e a igualdade de gênero; que a ela cabe decidir que espaços pode e deve ocupar (isto é bem evidenciado em certa sequência do filme). Em tempos em que a representatividade se faz tão importante, garotas no mundo todo ganham uma enorme referência nas telonas; e a isso muito se deve também à atuação de Brie Larson, que já mostrara seu talento e personalidade em O Quarto de Jack.
Por outro lado, mais focado na construção de sua personagem e sua apresentação ao mundo, o longa não possui a mesma intensidade dramática e de ação alucinante de outros como Soldado Invernal, Pantera Negra ou mesmo o último Vingadores, que subiu a régua das franquias Marvel quanto a este último quesito. As lutas, em alguns momentos, acabam deixando um pouco a desejar, assim como alguns diálogos. Entretanto, é extremamente engraçado e divertido, com alívios cômicos bem dosados e um bom ritmo, além de contar com ótimos efeitos visuais e um arco final surpreendente.
A ambientação noventista também é um ponto alto do filme, embora pudesse ser mais explorada. A trilha sonora com clássicos como Come As You Are, do Nirvana, e Just A Girl, do No Doubt (que embala o clímax do longa) dão todo o tom que embala a jornada de Danvers, além de outros clássicos girl power como as bandas Hole e Garbage, que fizeram enorme sucesso naquela década. Outro destaque é o Nick Fury dos anos 90′, com uma personalidade bem mais amistosa e divertida (Samuel L. Jackson está ótimo!).
Capitã Marvel pode não ser o melhor filme MCU, mas é sem dúvidas um dos mais relevantes e divertidos da franquia e, sobretudo, uma poderosa e necessária mensagem sobre o empoderamento feminino. Isso sem mencionar o hype altíssimo que fica para Vingadores: Ultimato (não saia do cinema sem ver as duas cenas pós-crédito!). Assista!
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