Madagascar – A franquia dos melhores Pinguins | Análise

Animações sempre apostaram muito na magia do mundo animal, a maior deles, talvez, o Rei Leão é um belo exemplo disso. A Dreamworks, embalada com o sucesso de Shrek, resolveu investir na sua própria e daí surgiu Madagascar. Com um elenco de dubladores bem representado, o filme faz parta de infância de muita gente que acompanhou as aventuras do Leão Alex, seus amigos e, principalmente, os Pinguins.

Vamos conversar sobre a trilogia num geral, citando os três filmes originais e mais o spin-off dos Pinguins.

Verdadeiramente, uma franquia!

Talvez o maior elogio que se possa fazer a Madagascar é exatamente o fato dos três filmes soarem como uma grande aventura única quando você os assiste em sequência. A sensação de continuidade, por mais que não seja proposital aqui, é rara em animações que naturalmente trazem histórias isoladas. Não que os filmes sejam super bem amarrados em um enredo revolucionário, mas os roteiristas conseguem trabalhar bem sequências que obviamente não foram planejadas lá no primeiro filme.

Se funciona bem como franquia, individualmente Madagascar já não vai tão bem. Nenhum dos quatro filmes é uma obra prima das animações, nenhuma possui aquela magia que você encontra, muitas vezes, em animações da Disney e da própria Dreamworks. Talvez, o motivo disso esteja exatamente no começo de tudo: o protagonista. Alex, o Leão estrela de Nova York, é o grande astro do filme e de longe o pior dos protagonistas. O personagem, além de sem sal, possui plots chatos nos três filmes em que aparece, sendo o segundo um desastre total.

O início de tudo em Madagascar

O primeiro longa é capaz de apresentar eficientemente bem seus personagens e suas problemáticas rapidamente. O desejo pela Zebra de conhecer o mundo externo e as sequências até o metro são ótimas e o ponto alto do filme. o problema passa a ser quando o filme insiste no drama entre a Zebra e o Leão por mais tempo do que deveria.

A sensação que fica é de que perdemos a oportunidade de ver cenas dos animais se adaptando a natureza, o que daria brilho e ótimas cenas de comédia. Aqui, a cena é roubada pela primeira vez pelo Rei Julien e os quatro pinguins, que não são a única atração do filme, mas dão o diferencial que ele precisa pra não ser ruim.

Rei leão?

O segundo filme, particularmente, considero o pior de todos. Se no primeiro longa muito tempo é gasto com o drama entre Alex e Marty, o segundo não só introduz uma nova problemática do tipo entre os personagens, como adiciona um drama familiar a Alex. Apesar de ter ótimas cenas com os pinguins e Julien, nem mesmo eles são capazes de compensar a chatisse das cenas de Alex que, novamente, gastam mais tempo do que precisava.

No entanto, o filme não é de todo ruim, já que o plot envolvendo humanos é interessante, assim como o inusitado romance entre a Girafa e o Hipopótomo. Alias, o hipopótamo galã é hilário e compensa assistir ao filme.

Por fim, um show de luzes

Madagascar 3 é, até o momento, o último filme que conta com os personagens originais em sua totalidade. Desta vez, a aposta é em rechear o elenco através de uma história sobre um circo. A aventura dos protagonistas em busca de voltar para NY continua, mas desta vez eles conseguem seu objetivo e, como era de se esperar, desistem.

O filme é melhor que o segundo em todos aspectos, tendo como ponto baixo Alex, mas este tem seu espaço reduzido aqui. Compensando a grande quantidade de personagens, o filme tenta escalar o tempo de tela, o que não funciona muito bem. Como animação, temos cenas inspiradas, apesar de longas e repetitivas, mas que podem agradar quem gosta do estilo. A participação de Julien e os Pinguins é reduzida e menos inspiradas do que anteriormente, mas, desta vez, o filme precisa menos deles do que os dois primeiros.

Assim, apesar de ter uma vilã bem chata e e exagerar um pouco nas cenas de ação, é o melhor filme da trilogia. Uma raridade, eu diria, mas capaz de encerrar a aventura dos protagonistas com dignidade, algo que parecia improvável depois do segundo filme.

Os Pinguins de Madagascar

Tomando uma atitude totalmente inesperada sqñ, a Dreamworks decidiu lançar o filme dos famosos pinguins. Se roubavam a cena na trilogia original, naturalmente muita expectativa foi criado em cima de um filme próprio do quarteto. Ainda assim, era claro que os pinguins funcionavam bem por aparecerem esporadicamente. Assim sendo, com todo tempo de tela para eles, o resultado não ficou tão inspirado. Algumas decisões, como o vilão, por exemplo, poderiam melhorar a qualidade do longa, mas não fariam nenhum milagre.

Até o momento o último da franquia, o filme é bom, o melhor deles, inclusive, mas peca em abordar seu quarteto tão bem quanto a série animada faz. Na tentativa de criar um roteiro digno de um longa, ao invés das situações cotianas da já mencionada série, o filme esquece um pouco dos protagonistas e trabalha demais coisas irrelevantes. É um bom filme, uma ótima diversão, mas poderia ter sido mais do que ‘bom’.

Em conclusão

Por fim, a franquia como um todo funciona bem melhor num conjunto do que individualmente e é uma ótima pedida para uma maratona. Ironicamente, o protagonista atrasa muito do que Madagascar poderia ter sido, enquanto os coadjuvantes carregam o piano sozinhos.

ANÁLISE CRÍTICA - NOTA
Madagascar 1
5.5
Madagascar 2
4
Madagascar 3
6.5
Os Pinguins de Madagascar
7.5
Wesley Medeiros
Quem quiser saber quem sou, olha para o céu azul...Amante de infinitas coisas, desde animes, games, filmes, séries, música, futebol, literatura...Toda e qualquer uma dessas artes, mas, principalmente, a escrita, que torna minhas palavras imortais igual ao meu tricolor!
madagascar-a-franquia-analise Animações sempre apostaram muito na magia do mundo animal, a maior deles, talvez, o Rei Leão é um belo exemplo disso. A Dreamworks, embalada com o sucesso de Shrek, resolveu investir na sua própria e daí surgiu Madagascar. Com um elenco de dubladores bem...

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