Mudo (Netflix) – Resenha

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Mudo (Mute) – Resenha do filme original Netflix, estrelando Alexander Skarsgård

Ano: 2018
Título Original: Mute
Diretor: Duncan Jones
Avaliação: ★★★☆☆ (Bom)

Mudo chegou à Netflix no fim de fevereiro trazendo uma premissa interessante e bons atores em seu elenco. Longe de ser memorável, mas não o suficiente para sair calado (ba dum tis!), surge como uma boa opção no já incontável catálogo da gigante do streaming.

Com uma ambientação sci-fi claramente inspirada em obras como Blade Runner, Mudo se passa em uma Berlim situada em um futuro breve e conta a estória de Leo (Alexander Skarsgård), um sujeito introvertido e mudo em virtude de um acidente na infância.

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Leo vem de uma família com tradições antigas (possivelmente emish), fato que impediu a cirurgia que o livraria da mudez e que também implica em seus hábitos atuais de vida. Ele trabalha como barman em uma boate ao lado de sua namorada, Naadirah (Seyneb Saleh), cenário onde a estória começa de fato a se desenrolar.

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Após uma confusão no clube, Leo é ameaçado por Maksim, mandatário do negócio local e Naadirah, que esconde algum segredo dele, desaparece após uma noite de amor. Sem nada a perder, o sujeito entra em uma obsessiva jornada em busca de sua amada. E, cruzando seu caminho, entram em cena os militares Bill Cactus (Paul Rudd), que deseja retornar à América com sua filha, e Duke (Justin Theroux), seu melhor amigo.

O grande ponto positivo de Mudo são as boas atuações e uma trama que não se apressa em resolver seus mistérios, garantindo ao espectador um bom thriller com soluções coerentes, embora nem tanto surpreendentes. Paul Rudd e Justin Theroux roubam a cena com seus personagens, embora o protagonista também seja interessante, mesmo que pouco aprofundado.

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A ambientação futurista poderia ser melhor explorada, apesar de proporcionar situações interessantes especialmente no que diz respeito à jornada de Leo – por diversas vezes, a tecnologia das coisas exige que ele fale, o que acaba lhe colocando em apuros. Há também um easter egg que integra o universo do filme à outra obra do diretor, Lunar.

Exceto pela questão visual, outras comparações com Blade Runner são pouco cabíveis, uma vez que a proposta do longa é, ao menos aparentemente, bem mais simplista e menos filosófica. Mudo é, simplesmente, um bom filme de suspense e ação que entretém.

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Se a intenção da Netflix era produzir algo mais grandioso, possivelmente errou a mira, mas o mais provável é que ele seja o que é – um filme interessante.

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https://www.youtube.com/watch?v=iidK4Zbj0sQ

ASSINATURA

Análise Crítica
Data
Título Original
Mudo (Mute) Netflix
Nota do Autor
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Diego Betioli
Escritor, publicitário, louco por esportes e entretenimento. Autor de A Última Estação (junto com Rodolfo Bezerra) e CEP e um dos fundadores do Meta Galáxia.

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