Eu sou um jogador ou um consumidor de cultura pop, muito ligado a grandeza dos mundos de fantasia, como Game of Thrones, o Senhor dos anéis, One Piece, Vinland Saga entre muitos outros, e Project Athia, uma nova IP da Square Enix, dos famosos Kingdom Hearts, Final Fantasy entre outros, prometeu no primeiro state of play de jogos de PS5, ao lado por exemplo de Returnal e Miles Morales, ser este universo de fantasia que utilizaria todo o potencial do SSD e da nova arquitetura do PS5, Forspoken o produto final desta empreitada é um jogo legal, em muitos de seus aspectos é mediano, mas não é nem de longe um desastre, ou o “pior lançamento do ano” para PS5.
Quem me conhece ai de outros posts, sabe que eu tento escrever algo, quando relacionado a uma história linear, com menos spoilers possíveis, para que você que por um acaso decidir investir o seu dinheiro neste jogo após ler essa análise, eu gostaria que a sua experiência seja a mais autêntica possível, então vamos lá, é abaixo segue o aviso.
Sem Spoilers por aqui!, na medida do possível.
Forspoken: A jogabilidade é muito divertida
Olha se Forspoken não entrega o melhor enredo, a melhor escolha de narrativa para contar está história, talvez tenha sido porque o pessoal da Square focou e muito bem em trazer uma jogabilidade que apesar de compartilhar muitas das semelhanças com outros jogos de aventura, mundo aberto e RPG, como por exemplo as inevitáveis arvores de habilidades, ou o que parce ser uma mania dos desenvolvedores de hoje, os mapas exageradamentes gigantescos e muitas das vezes tediosos, Forspoken inova de certa forma e traz duas coisas muito interessantes na jogabilidade para chamar de seu, o estilo deslizante de locomoção por ai, por exemplo muito mais estiloso que aqueles jogos em que a movimentação do personagem se limita a sempre escalar tudo que for possível, Forspoken traz aqui um jeito bem divertido de navegar esse mapa entre deslizar por ai e fazer parkour em todo o tipo de estrutura possível, dando mortal para tudo que é lado, as vezes infelizmente até tendo problemas com a câmera de tanto que dá volta, e um bem complexo, e para mim inédito, modo de combate.
Forspoken: O combate aqui é frenético, o resto da jogabilidade é RPG padrão
O combate de Forspoken é frenético como eu disse acima, mas não muito pelo que está acontecendo na tela, aonde mesmo quando você tem algumas hordas de inimigos você fica bem tranquilo para lutar, se você for claro um jogador mais experiente, mas sim pelo que está rolando com seus dedos no controle na hora que você está lutando, ele é um jogo até padrão no que diz respeito a atirar com R2 por exemplo, gatilho padrão da indústria em muitos jogos, e ele até te ajuda tendo um sistema de “lock on” em que você faz a trava e um padrão do jogo em que ele trava sozinho o cara mais perto de onde sua câmera está apontando.
Mas meus amigos vou falar com tranquilidade, a última vez que eu tive que ter tamanha sincronia e agilidade com os botões auxiliares (R1,R2,L1 e L2) de um controle de Playstation, eu estava jogando Guitar Hero 3 no Ps2 por ai, cada um destes botões ativa ou juntos por exemplo L2+R2 ou L1+R1, ou separados uma magia separada ou acesso a um menu de magias acessórias como minas terrestres, outras que roubam sangue do adversário e etc.
Eu depois de algumas horas de jogatina me entendi bem com os comandos de combate de Forspoken, mas também muitas vezes acabei só apertando R2 repetidas vezes utilizando o meu disparo favorito e mais forte, quando não estava muito afim de enfrentar aquelas hordas de monstros fracos que se juntam aos montes.
Quanto aos demais pontos de Jogabilidades, você tem ai uma experiência padrão de RPG, com arvores de habilidades, uma para cada um dos elementos que você conquistará na sua jornada, algumas opções de “armaduras” e colares que servem para aumentar algum “stats” e dar vantagens de combate, por exemplo mais 5% de hit crítico e etc, alguns padrões outros bem estilizados como escolher um tipo pintura de unha que é especifico deste jogo, ligado ao lado fantasioso deste mundo, mas nada espetacular
Gráficos no padrão esperado, cenários sem personalidade, e um mapa exagerado.
Olha o jogo é muito bonito!. Não é o jogo mais bonito do Playstation 5, não é também o mais feio, mas cumpre seu papel, principalmente enquanto você navega os imensos territórios de Athia.
Já em questão de cenários, aqui não é agradável, parece que eu estava sempre andando pelo mesmo deserto cheio de montanha, grama morta e lagos, só que de vez em quando ele é azul, vermelho, ou como qualquer desertos as vezes só marrom mesmo, e o que se espera de um jogo de mundo “aberto” com diferentes zonas do mapa, é que estes diferentes lugares tenham um carisma próprio, e não se mudem a cor principal da paleta de cores no paint.
Forspoken é um épico conto de Fadas
Forspoken na questão da história, na qual novamente não vou entrar em muitos detalhes específicos, é uma narrativa inspirada ligeiramente em Alice no pais das maravilhas, ou também qualquer outra história de princesa vs bruxas más e com um espelho mágico, no caso aqui um bracelete.
Forspoken tenta vender a sua história como um épico que toca na questão da “jornada do herói”, mas com um começo um tanto quanto devagar, não atinge níveis de God of War por exemplo, mas quando você chega em um determinado momento da história, é claro já mais no fim dela, fica impossível não querer termina-la.
À sua maneira a história atingiu o seu épico com a sua história principal, pena que as missões secundárias não agreguem muito a história, e portanto, não dão aquela grandeza ao universo, mas a história de Forspoken vale a aventura de mais ou menos 20 horas, se vale os R$ 350,00 ai é uma história completamente diferente.
Vejo em Forspoken um jogo que vale a pena, e por ser uma nova IP o que é sempre mais díficil de angariar fãs do que por exemplo Uncharted 5, mas também não vejo potencial para Forspoken virar uma franquia de peso da Square, apesar de que temos uma cena pós crédito que dá aberutra para sequência.
Agradecimentos a Square Enix pelo código de acesso.
