Resident Evil 4 remake ainda não foi anunciado oficialmente, mas dizem que isso é somente pela pandemia do Coronavírus. Com isso, temos somente rumores, mas bastante fortes. Surgiu na Internet, então, infinitas discussões quanto a necessidade do game. A única coisa indiscutível, talvez seja que “Code:Verônica” deveria vir primeiro, mas isso fica pra outro post.
O começo dos Remakes
Após anos sendo cobrada, em 2015 a Capcom anunciou o remake de Resident Evil 2. Com a imensa qualidade que o remake do original tinha alcançado, os fãs imediatamente se empolgaram com a possibilidade. Afinal, o segundo game era, junto com RE4, o mais bem avaliado por público e crítica.
O jogo saiu, agradou a crítica e o público, mas nem tanto quanto seu original. A Capcom mostrou que perdeu a oportunidade de melhorar o jogo como um todo e focou somente em atualizar os gráficos e aumentar a campanha. Contudo, destruiu um elemento essencial do jogo original que tinha a oportunidade de melhorar mais ainda com a atual capacidade de armazenamento: as campanhas simultâneas. Leon e Claire, desta vez, não passam de opções de skin e suas campanhas são mais idênticas ainda do que eram no original.
Entre o sucesso e a lama
Apesar deste leve problema, o jogo foi extremamente elogiado por atualizar a jogabilidade de um clássico e mostrar que é sim possível manter a tensão em RE mesmo sem a câmera e controles travados. Consequentemente, a Capcom tratou de correr com o remake do terceiro jogo da franquia protagonizado por Nemesis Jill, lançado este mês. Contudo, o jogo não agradou tanto, novamente pela mesma razão, desta vez acentuada, de Resident Evil 2: ao contrário de adicionar, a Capcom removeu elementos do jogo e o tornou menos “único”.
Com isso, ambos os remakes se tornaram jogos mais parecidos e lineares e perderam parte de seus elementos particulares, sejam cenários, sejam as conexões entre eles. Além disso, a Capcom poderia ter feito um trabalho melhor em linkar os dois jogos, algo lamentado nos originais.
Mas e Resident Evil 4?
A questão a ser avaliada aqui é que, diferente de RE2 e RE3, o quarto game da franquia não precisa tanto assim de modificações. Sua jogabilidade ainda é bastante atual e sua campanha é consideravelmente extensa. Fica então a dúvida da motivação da Capcom para o remake de Resident Evil 4, se é puramente para atualizar os gráficos ou lançar realmente um jogo novo. E é aí que mora o perigo, diferente de seus anteriores, RE4 não desperdiça tanto seus elementos por ter menos limitações técnicas.
Restaria então à Capcom adicionar elementos, mas teria que o fazer sem modificar a essência do jogo. E isso é um grande problema, pois a tendência é que a empresa japonesa tente aproximar RE4 de RE2 e RE3 remake, o que pode desfigurar um pouco o game. A campanha do jogo é bastante equilibrada, mesmo após muitas gameplays, ele jamais se torna tão fácil quanto a trilogia original pelo seu ótimo balanceamento. (sim, old school chorão, RE4 é mais difícil que a trilogia original).
Elogiar o jogo assim dá a impressão de que ele é novo e os infinitos relançamentos pela Capcom dão uma sobrevida ao game. Com isso, a sensação de que o remake é desnecessário só cresce. Porém, o jogo já terá quase 20 anos se for lançado realmente em 2022. Valeria a pena então comprar um jogo novo somente pela atualização gráfica? Antes de mais nada, é bom lembrar o exemplo de Shadow of the Colossus, que fez exatamente isso. Entretanto, a Sony havia deixado o jogo descansar antes de fazer seu remake, Resident Evil 4 nunca descansou.
Qual a solução, então?
Então, refazer o jogo e modificá-lo seria o ideal, certo? Decerto é o mais eficiente economicamente para o consumidor. Contudo, fica aquele medo de Capcom passar a linha tênue ente a inovação e a desfiguração do jogo, ainda mais não tendo a mão de Shinji Mikami no projeto. É fato que o ideal seria atualizar gráficos, inovar e ao mesmo tempo respeitar a essência original, mas é mais fácil falar do que fazer. Inegavelmente o jogo será um divisor de águas novamente, talvez não para a indústria de games como foi seu original, mas para a franquia. Se a senhora Capcom errar a mão, comprará uma briga que havia começado a ganhar quando lançou o remake de Resident Evil 2.
Gosta de Resident Evil? Se quiser saber mais sobre a franquia, clique aqui!
Gosto mt de video games, e joguei do 1 ao 4 (os que tive acesso), e esse ainda é o melhor que eu vejo dos 4, a uma grande evolução em muitas coisas, sem se importar com esse lance de “essencia de RE”, o fandom de RE é provavelmente o mais chato dos video games.
Fanbase horrível mesmo. Não tem lógica argumentar que RE4 não é Resident Evil, sendo que foi próprio Shinji Mikami, criador da franquia, quem fez o jogo. Se o criador da franquia não sabe o que é Resident, ninguém mais sabe.