Um remake tornaria uma versão anterior de um jogo obsoleta ou redundante?

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Um remake tornaria uma versão anterior de um jogo obsoleta ou redundante?

O enorme sucesso do remake de Resident Evil 4 reacendeu uma antiga discussão, que sempre ressurge quando a nova versão de um clássico faz grande sucesso e consegue melhorar aspectos do jogo original. Contudo, há um questionamento circulando nas redes sociais e internet a fora e quis trazer sobre a temática: um remake transformaria a versão anterior do jogo eletrônico em obsoleta ou redundante?

É completamente compreensível que o assunto esteja em debate, dada a crise criativa que a indústria de jogos sofreu nos últimos anos. Muitas vezes parece que os jogos recém-lançados são apenas versões recicladas de sucessos anteriores. Em resposta, os estúdios confiaram fortemente na nostalgia, retrabalhando e melhorando os jogos que uma vez conquistaram o mercado e ganharam muitos seguidores.

Os últimos cinco anos foram repletos de exemplos de jogos clássicos que foram refeitos com aclamação da crítica. Notáveis ​​entre eles são Final Fantasy VII, Resident Evil 2, Dead Space, Demon’s Souls e The Legend of Zelda: Link’s Awakening. Além disso, coleções como Crash Bandicoot N’Sane Trilogy elevam o número de remakes de sucesso para 10. Apesar de terem décadas, esses títulos continuam a cativar o público com seu apelo duradouro.

Período marcado por vários lançamentos de remake e remasterização de jogo eletrônico

The Legend of Zelda Link's Awakening

Não existiu em nenhum outro momento da indústria um período tão marcado pelo lançamento de remakes e remasterização quanto o duas mais recentes gerações de consoles. Os comentários variam, alguns dizendo que essas novas versões tornam os clássicos “obsoletos”, mas com a maioria do público dando muito mais hype em determinadas franquias. Afinal, não é qualquer franquia que continua sendo tão amada mesmo após décadas de lançamento, não é mesmo?

Eu gosto das versões originais de muitos jogos, ao mesmo tempo que amo achar facilmente um jogo remasterizado para os consoles atuais. Tem muito jogo antigo que não se encontra facilmente mais! Ou seja, é um ponto que não podemos ignorar. Além disso, quando o remake fica bom, é de se comemorar! E eu e outros fãs de Resident Evil não fomos os únicos a comemorar os bons remakes da franquia. O fandom de Legend of Zelda também comemorou:

O sucesso dos remakes da franquia Resident Evil

Resident Evil 4

Após o triunfo fenomenal de Resident Evil 2 em 2019, a Capcom aspirou a aproveitar a onda de emoção e, cerca de um ano depois, lançou o altamente antecipado remake de Resident Evil 3. No entanto, parece que o desenvolvimento do produto final foi excessivamente apressado, deixando aqueles que jogaram o Resident Evil 3 original de 1999 sentindo-se longe de satisfeitos.

Apesar de sua idade, o jogo de terror de sobrevivência com Jill Valentine manteve sua relevância entre os fãs mais entusiastas da série Resident Evil. Como evidenciado por suas avaliações contundentes do remake do terceiro jogo, os fãs continuam particularmente críticos das modificações feitas na atmosfera do jogo, exclusão de sequências de primeira linha do jogo original e uma batalha final com Nemesis que falhou em entregar a grandeza esperada. . Apesar do sistema de controle bastante desconfortável para os padrões modernos, o jogo continua a cativar seu público 24 anos após seu lançamento.

A oportunidade perdida da Capcom não passou despercebida, e a empresa japonesa aparentemente reconheceu seu erro. Embora nenhum pedido de desculpas formal tenha sido emitido, eles compensaram lançando um remake impressionante de Resident Evil 4. Embora apresente algumas mudanças em relação ao original, ele permanece fiel à essência do jogo de 2005, que transformou completamente a indústria com seu perspectiva de câmera sobre o ombro e uma excelente mistura de survival horror e ação.

Caso esteja ainda na dúvida se realmente compensa jogar o mais novo remake, então confira tudo o que achamos em nosso portal: Review Resident Evil 4 Remake: Compensa jogar?? Além disso, você também poderá ler: O que você precisa saber antes de jogar Resident Evil 4 Remake e Onde achar todas as armas de Resident Evil 4 Remake?

Já os remakes de Final Fantasy dividem o público

Final Fantasy

O remake de Final Fantasy VII foi considerado excepcional, mas falhou em agradar uma parte de sua base de fãs. Negligenciar a realidade gritante de que os jogos originais são a base sobre a qual os remakes modernos se baseiam é a principal armadilha dessa perspectiva. Somente comparando as versões antigas e novas podemos julgar a execução de remakes contemporâneos pelos desenvolvedores. Em suma, sem o material de origem, não haveria remakes para comemorar ou criticar.

O clássico de 1997, Final Fantasy VII, e seu Remake têm algumas diferenças marcantes. Principalmente, o Remake introduz muita ação na jogabilidade, que antes era restrita ao sistema de turnos ativos. Além disso, o Remake apresenta várias mudanças significativas no enredo do jogo original, o que pode ter um efeito notável nas próximas sequências que a Square planejou.

A franquia clássica da Square Enix provocou especulações generalizadas de fãs sobre as possíveis mudanças no enredo de Final Fantasy VII Rebirth. Como o remake se concentra apenas no segmento de Midgar da história, os entusiastas estão ansiosos para teorizar sobre quais outras alterações podem surgir.

O que mantém um jogo original tão relevante?

Castlevania (Imagem: Divulgação/Konami)
Castlevania (Imagem: Divulgação/Konami)

A essência do remake está em sua adesão à referência do jogo original. No entanto, surgem questões inevitáveis. A narrativa de Aerith seguirá a mesma trajetória do original? O destino de Cloud, Tifa e Barrett será alterado de maneiras inesperadas? Qual será a segunda parte do jogo? Devemos esperar um mundo aberto ou um mapa mais amplo para pesquisar?

Somente o lançamento de Final Fantasy VII Rebirth responderá a essas perguntas urgentes. Caso as alterações sejam substanciais, o mesmo fenômeno que testemunhamos com o Final Fantasy VII Remake pode ocorrer. Os fãs, em vez de confiar apenas na memória afetiva ou nos vídeos do YouTube, podem revisitar o jogo original para tirar suas próprias conclusões. A natureza interativa dos jogos os distingue como uma forma de arte. É revisitar ou experimentar jogos clássicos pela primeira vez que realmente ilumina o que os torna atemporais.

O jogo não é definido apenas por gráficos de ponta, controles instantâneos ou taxas de quadros fluidas. Em vez disso, foram as restrições tecnológicas das gerações de console ou as limitações financeiras de projetos de menor escala que catalisaram os desenvolvedores a explorar caminhos criativos. Tal inovação resultou em alguns dos jogos mais aclamados da história.

Durante a tendência de jogos 3D do final dos anos 1990, a Konami inicialmente pretendia que Castlevania Symphony of the Night fosse uma adição insignificante à história da franquia de caçadores de monstros do clã Belmont. No entanto, o jogo provou ser um sucesso inovador, superando todos os títulos anteriores da série em tamanho e impacto.

Castlevania Symphony of the Night se tornou uma obra-prima dos games a partir de uma limitação orçamentária

Castlevania Symphony of the Night

A equipe de Koji Igarashi foi pioneira em ideias que permanecem essenciais no desenvolvimento de jogos hoje. Direção de arte de alto nível, um senso de exploração recompensador, uma gama diversificada de inimigos e mecânica de combate adaptável adaptada às necessidades do jogo são aspectos cruciais que eles valorizam. Embora os jogadores possam derrotar os oponentes com a poderosa espada Crissaegrim ou o combo Iron Shield e Shield Rod, a escolha de uma abordagem mais honesta para um desafio maior dependerá da preferência do jogador.

Apesar de ter sido desenvolvido durante a era dos jogos 3D, o Symphony foi criado em sprites devido a necessidades orçamentárias. No entanto, essa restrição permitiu que os desenvolvedores colocassem um nível inigualável de cuidado e atenção na construção do jogo. Como resultado, Symphony agora é considerado um dos maiores clássicos da história dos jogos. Seu impacto é evidente no surgimento de jogos como Hollow Knight, Ori and the Blind Forest e Guacamelee, que agora são membros proeminentes do subgênero Metroidvania.

A Konami nunca expressou interesse em criar um remake gráfico de alta definição de Symphony of the Night. Supondo que eles decidam embarcar neste projeto, e se for executado com maestria, o original de 1997 ainda manterá seu significado primordial. Os jogadores que buscam compreender o que o tornou o jogo mais importante da franquia, apesar de ter sido concebido como um projeto paralelo, devem revisitar o original.

Considerações finais: Um remake tornaria uma versão anterior de um jogo obsoleta ou redundante?

Minha posição é que os jogos originais sempre manterão seu significado. Eles não são apenas obras notáveis ​​em si, mas também servem como registros históricos dos períodos mais criativos da indústria de jogos. Hoje em dia, os desenvolvedores de jogos tendem a depender fortemente de remakes, não apenas para explorar o fator nostalgia, mas também para compensar uma seca criativa que levou à escassez de jogos verdadeiramente memoráveis ​​nos últimos tempos.

Claro que, por um lado, eu também amo alguns remakes e remasterizações, principalmente porque facilita aos novos jogadores o acesso ao jogo. Não me excluo, pois não tive acesso a algumas plataformas consideradas antigas. Complexo, não é mesmo? O que você acha dessa discussão?

Você sabia que o portal Meta Galáxia possui muitas resenhas e análises? Se procura por mais jogos legais, então leia algumas de nossas últimas publicações: Review Resident Evil 4 Remake e Review Diablo IV: O que achamos do novo lançamento da Blizzard?? Também não poderia faltar Review de Affogato, o RPG estratégico de anime e magia! Além disso, também temos Análise de The Quarry, o mais novo jogo eletrônico de suspense interativoReview de Sunshine Manor: O que achamos do novo jogo de terror da desenvolvedora Fossil Games e Análise de Rogue Lords, o roguelike sombrio que nos convida a jogar com vilões! Os fãs de fantasia precisam conferir a análise de Wo Long: Fallen Dynasty: Vale a Pena?? Além disso, você também pode ler a nossa matéria: Critérios – Como fazemos Críticas e Análises.

Austra Caroline
Come to the Dark Side. We have coffee with cookies! ☕ Sou Arqueóloga e estudante de História, com atuação como Educadora Patrimonial, onde busco preservar e compartilhar o valor do nosso patrimônio cultural. Além disso, sou redatora em sites voltados para conteúdo nerd, Geek e cultura pop, sempre explorando o universo da cultura geek com entusiasmo. Sou apaixonada por jogos de Hack & Slash, com destaque especial para a série Devil May Cry, que alimenta minha paixão pelo gênero. Nas horas vagas, também me dedico à escrita, onde expresso minha criatividade e amor pela narrativa.

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