Ano: 1931 |
Título Original: Frankstein |
Dirigido por: James Whale |
Avaliação: ★★★★☆ (Ótimo) |
Em Frankenstein, um cientista e seu assistente resolvem juntar partes de corpos e órgãos humanos de defuntos para recriar a vida, mas o resultado dessa experiência sai do controle quando o ser criado se volta contra seu criador.
É belo, inocente e ao mesmo tempo assustador (pelo menos para os padrões da época). Esse clássico em preto e branco demonstra a essência do cinema e também dos filmes de terror: entreter.
Óbvio que por ter sido exibido na década de 30, o efeito para nós, 90 anos depois, não é o mesmo, mas é possível imaginar o quanto esse filme deve ter assustado as pessoas na época.
É de se parabenizar primeiramente o roteiro, que consegue unir drama, suspense, terror e até romance. É incrível ver a punição ao homem tentando se divinizar (no personagem do dr. Henry), ao criar um ser e o resultado (o mesmo da Criação, ou seja, a criatura se voltando contra o criador).
O terror também está super presente, primeiro pela ambientação (imagens escuras, calabouços, cemitérios e uma torre assustadora onde a experiência é feita e o monstro é preso, durante boa parte do filme). Alguns closes e cenas foram feitos para assustar (como as perseguições do monstro, suas batidas nas portas, seus assassinatos). Não sei quanto a vocês, mas consigo ver no monstro desse filme (um gigante troglodita) o “pai” de Jason, Michael Myers e todos os demais assassinos que simplesmente “andam” até suas vítimas.
Uma das cenas mais fortes é o assassinato do lago, causado pela fuga do monstro. Algo capaz de marcar, principalmente após o pai apresentar o corpo de sua filha pela cidade.
O drama fica por conta da ambição do dr. Henry, que acaba se esquecendo de tudo e de todos para finalizar sua experiência, até mesmo de seu casamento. Existe até um triângulo amoroso que é tratado na trama, deixando as coisas bastante tensas em certos momentos.
E quem diria que o monstro não se chama Frankenstein!!!!! Fiquei muito surpreso ao saber que na verdade, esse é o nome do cientista.
Veja a beleza e a sinceridade do terror em Frankenstein, uma obra clássica que permeia gerações!