Resenha (com poucos spoilers) de As Muitas Mortes de Laila Starr (2023)
E se a história tivesse como protagonista a Dona Morte? Mais especificamente, a Dona Morte da cultura hindu? Entre alguns dos mais recentes Lançamento Devir, está As Muitas Mortes de Laila Starr! E realmente podemos dizer que a Dona Morte é a protagonista nessa incrível história em quadrinhos chamada As Muitas Mortes de Laila Starr e que estamos trazendo a sua respectiva resenha. Bom, não é a Dona Morte do Maurício de Sousa de quem estamos falando, embora nós fãs não conseguimos nos desprender dela facilmente. Na real, toda e qualquer Dona Morte é incrível – Laila Starr também.
As Muitas Mortes de Laila Starr conta com o roteiro de Ram V, que recebeu indicação ao Prêmio Eisner de Melhor Roteirista em 2022 por seu trabalho em Laila Starr, Venom e em outras HQs, e com destaque para a sensacional arte do português Filipe Andrade, também indicado ao Prêmio Eisner em 2022 (Melhor Desenhista/Arte-finalista).
- Não quer spoilers? Então confira em nosso portal: Resenha de As Muitas Mortes de Laila Starr
Ficha técnica de As Muitas Mortes de Laila Starr
Título Original: The Many Deaths of Laila Starr
Editora original: Boom! Studios
Roteiro: Ram V
Desenho: Filipe Andrade
Tradução: Marquito Maia
Formato: 17 x 26 cm
Estrutura: 128 páginas coloridas, papel couche 90 g
Acabamento: brochura
Peso: 350 g (aproximado)
Lombada: 1 cm
Área de interesse: aventura, fantasia
Público: jovem adulto
Preço: R$ 69,90 (estimado)
Lançamento previsto: abril de 2023
• Roteiro de Ram V, indicado ao Prêmio Eisner de Melhor
Roteirista em 2022 por seu trabalho em Laila Starr, Venom e outras HQs.
• Destaque para a sensacional arte do português Filipe
Andrade, também indicado ao Prêmio Eisner em 2022 (Melhor Desenhista/Arte-finalista).
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Sinopse:
Enredo
Literalmente falando, o avatar da Morte perdeu o emprego. Graças ao nascimento de uma criança que traria o segredo da imortalidade, portanto os deuses consideraram que a nossa “Dona Morte” não precisava mais de seu respectivo emprego. Para que o emprego, se as pessoas viveriam para sempre? A parte divertida de As Muitas Mortes de Laila Starr é que os deuses de fato possuem um escritório, similar aos escritórios que conhecemos na vida real, de jornais ou qualquer outra empresa. Imagine os escritórios que aparecem na Marvel ou DC – é algo do gênero em que vemos a Morte sofrer com a sua demissão.
Dessa forma, os deuses enviam o avatar da Morte à Terra para viver os seus dias, agora finitos, no corpo de Laila Starr, uma jovem de aproximadamente 20 anos de idade que mora em Mumbai, uma cidade muito populosa na costa oeste da Índia. Laila agora enfrenta todas todas as dificuldades de sua recém-descoberta mortalidade, algo que ela não compreendia, pois nunca vivenciou anteriormente. Ou seja, várias vezes ela tenta fazer algo perigoso e que só daria certo se fosse imortal – e muitas vezes acabava morrendo. Além disso, ela não supera facilmente perder o seu trabalho – trabalho onde permaneceu literalmente por milênios!
E Laila tentará impedir a imortalidade!
Laila já começa a sua nova vida (e sua mortalidade, agora) correndo perigo, começando na parte de tentar impedir que a criança – a mesma que traria o segredo da imortalidade – permaneça viva. Será que Laila conseguirá impedir que a humanidade altere de forma permanente o ciclo da vida? E se ela conseguir, vai ser após quantos fracassos em suas aventuras e após quantas mortes? Além disso, ela resolve experimentar algumas das vivências humanas, mas ela vai realmente gostar da sensação?
Eu tenho um receio grande em falar algo a mais e, dessa forma, dar um spoiler enorme da obra. Afinal, mesmo aqui neste texto eu prometi pouco spoiler. E eu nem traria duas resenhas distintas para o Meta Galáxia, mas acabei não resistindo. Certamente, o que posso dizer é que realmente adorei essa leitura, onde a nossa protagonista é a morte – e de uma cultura diferente da qual eu me encaixo. Algo que posso dizer? Inicialmente achei que fosse detestar essa HQ, mas agora não posso negar que gostei bastante. Não achei clichê e foi um dos melhores lançamentos da Editora Devir que já li.
Para começar, meu eu gótico ama uma Dona Morte como protagonista das obras. Amo ainda mais quando é tratada com extrema naturalidade e sem muito medo, igual a Dona Morte da Turma da Mônica ou a Morte toda divertida e feliz de Neil Gaiman. Claro, essa Laila Starr não é como as duas Mortes citadas, pois ela trás uma nova problemática: em parte, acabamos por nos identificar pela nossa agonia quando perdemos um emprego e estamos sem muita perspectiva do que fazer agora.
É exatamente essa agonia de Laila Starr, além do fato de que ela era uma entidade imortal e agora ela só não morreu de vez porquê alguém sempre está a ajudando e a ressuscitando (você terá que ler para entender mais sobre isto). A gente acaba até lembrando de personagens como Yusuke de Yu Yu Hakusho, em que ele falece após um acidente de carro e tudo de importante em sua vida (ou morte, né?) acontece graças a este evento. Ainda por cima, a nossa protagonista Laila vai aprender muita coisa importante, incluindo com uma pessoa bastante improvável: justamente com a pessoa que deveria trazer a imortalidade, a quem ela havia decretado extremo ódio.
Nossos agradecimentos para a Editora Devir, que frequentemente nos encaminham conteúdo para publicarmos notícias e novas resenhas! Estamos amando essa parceria!
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