Resident Evil Infinity Darkness | Análise

Desde sempre as adaptações de Residente Evil sofrem com problemas. Há os três filmes em CGI que vão variando os estilos e na qualidade, sendo o segundo o melhor deles. No cinema, a série não encontrou seu Norte como adaptação, mas foi capaz de criar seu próprio estilo e surgiu uma saga. Agora, uma nova série de filmes é prometida para o cinema e também uma adaptação em live action da Netflix. Todavia, nenhuma gerou tanta expectativa quanto Resident Evil Infinity Darkness, uma série em CGI que faz parte da cronologia dos jogos.

Muito imaginaram por muito tempo o que a Netflix seria capaz de fazer com Resident Evil em mãos e vamos falar agora sobre o resultado.

Assustadoramente real

Resident Evil passou por algumas variações nos seus longas em CGI. O primeiro já era bem bonito em diversos momentos, porém, pecou bastante nas expressões faciais, roupas e movimentação dos personagens, que, no fim das contas, eram mais relevantes que os cenários de fundo. No segundo, a coisa melhorou consideravelmente e a evolução em todos aspectos é claríssima. Em Vendetta, até por ser mais atual, o CGI é mais completo, ainda que o roteiro do filme não mantenha a mesma qualidade. Resident Evil Infinity Darkness mostra uma evolução boa em relação aos filmes, principalmente em cenas claras e em ambientes de guerra. O fogo mesmo, está lindo!

Ironicamente a série mostra uma regressão na qualidade facial. A dublagem está boa, os rostos realistas, porém, estáticos demais. Os personagens estão mais robóticos do que em Condenação, que é um filme de 2012. Assim como em Vendetta, as roupas ainda parecem feitas de pedras e não se movem, assim como o cabelo de Leon, duro como se tivesse ficado uma semana sem lavar. São detalhes que pesariam menos, não houvesse base para comparação, mas há. É inaceitável ver uma série em CGI de 2021 com defeitos de uma animação de 2008 e abaixo de uma de 2012 da mesma franquia.

Uma série de Resident evil… Pra quê?

Eu poderia resumir o roteiro de Resident Evil Infinity Darkness em uma única palavra: Ruim! Mas, estamos aqui para dissecar os problemas da série, então vamos lá. Primeiro de tudo, o mais chamativo em Infinity Darkness é exatamente seu formato em seriado, que abria a possibilidade de vermos Leon e Claire em cena por mais tempo. Além disso, criou-se a expectativa de um roteiro mais bem desenvolvido. Porém, quando se noticiou que a história se passaria em 2006 eu já fiquei com um pé atrás. Não haveria qualquer impacto, já que muito ocorreu depois de 2006, portanto, o que o seriado poderia trazer de relevante? Nada!

A expectativa em cima do formato vai pelo ralo quando você percebe que são somente quatro episódios de de 25 minutos em média. Ignorando as repetições de cenas, crédito e tudo mais, a ação dura em torno de 1h50min. Sim, é um filme vendido como série, pra chamar a atenção. Se vendesse como um filme, uma sequência de Vendetta, não chamaria tanta atenção para a a Netflix.

“Ah, mas em série dá pra ter segunda temporada!”

E filme não pode ter continuação, cara pálida?! Enfim, esse não é o único problema…

Completamente… Esquecível

Não bastasse o filme se vender como série, sequer houve uma tentativa de inovar. É incrível como Resident Evil possui uma fórmula simples nos primeiros games e que é pouco aproveitada em outras mídias. Custa botar os personagens em um lugar fechado sobrevivendo? Ha material suficiente para histórias mais intimistas, inclusive uma animação dos próprios jogos poderia ser feita. Porém, sempre há uma necessidade de contar uma história grandiosa que, conveniente, sempre tem Leon participando.

Aqui, temos uma repetição bizarra da fórmula de Degeneração. A função de Claire, Leon, o vilão, até mesmo o clímax são tão semelhantes ao primeiro filme que é impossível não se sentir como se estivesse vendo uma releitura dele. A falta de criatividade e a necessidade de apelar para referências infinitas a RE4 mostram a pouca confiança da Netflix na franquia. A Capcom não cansa de sugar o quarto game, isso é visto em Village, que utiliza sua fórmula de cabo a rabo e Infinity Drakness apela para a nostalgia dos fãs do game.

Eu até diria que estou torcendo para uma segunda temporada, mas acho que nem precisa, já sabemos o que irá acontecer mesmo…

ANÁLISE CRÍTICA - NOTA
Nota da Série
4
Wesley Medeiros
Quem quiser saber quem sou, olha para o céu azul...Amante de infinitas coisas, desde animes, games, filmes, séries, música, futebol, literatura...Toda e qualquer uma dessas artes, mas, principalmente, a escrita, que torna minhas palavras imortais igual ao meu tricolor!
resident-evil-infinity-darkness Desde sempre as adaptações de Residente Evil sofrem com problemas. Há os três filmes em CGI que vão variando os estilos e na qualidade, sendo o segundo o melhor deles. No cinema, a série não encontrou seu Norte como adaptação, mas foi capaz de...

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