Envolta em polêmicas, Dois Homens e Meio teve 12 temporadas, cheia de altos e baixos, principalmente após a saída da grande estrela do show, Charlie Sheen. Porém, em diversos momentos o humor da série atingiu um nível genial e seus personagens são únicos e divertidos. Mas será que com tantos problemas de elenco e roteiro, ainda assim vale a pena? Você decide após conhecer a série que eu vou te apresentar agora!
Ficha da série | |
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Nome: Dois Homens e Meio | Data de exibição: 2003 – 2015 |
Duração: 12 Temporadas – 261 Episódios | Criador: Chuck Lorre e Lee Aronsohn |
Emissora Original: CBS | Gênero: Comédia. |
Onde Assistir? – Amazon Prime Video |
Enredo
A série conta a história de Charlie Harper, um solteirão bem sucedido que de repente recebe a visita em sua casa de seu irmão mais novo, Alan, que foi chutado de sua casa por sua (ex) esposa Judith. Enquanto tenta se reconciliar com sua esposa, Alan mora provisoriamente com Charlie. Consequentemente Jack, filho de Alan, acaba indo passar os fins de semana na casa de Charlie.
Além do trio protagonista de Dois Homens e Meio, que passa a conviver junto, Charlie ainda tem em sua volta Evelyn, sua mãe com quem tem claros problemas não resolvidos da infância. Rose, uma de suas diversas mulheres a qual ele ficou só por uma noite e depois nunca mais ligou, que depois descobriu ser sua vizinha e se tornou sua perseguidora. E por último, Berta, a governanta de sua casa que parece ser a única mulher que entende Charlie.
O enredo da série conta basicamente com o dia a dia de Charlie, completamente diferente de Alan, tanto em personalidade quanto em aparência. No meio dos dois opostos está Jake, em fase de crescimento, acompanhamos suas aventuras em meio ao conhecimento da vida. Aprendendo o que não deve com seu tio enquanto seu pai tenta mantê-lo na linha. Como não poderia deixar de ser, a série foca na relação dos três, mas o elenco de apoio, todo composto por mulheres, não deixa a desejar. Cada um é louco a sua maneira e são bem aproveitados ao longo da história. Vamos conhecer cada um deles mais especificamente:
Personagens de Dois Homens e Meio
Charlie Harper
Grande protagonista da história, Charlie é um solteirão que é rico graças ao seu talento musical, mas ele não tem uma banda nem nada do tipo. Na verdade, ele compõe Jingles (músicas publicitárias, as que vão nas propagandas de brinquedos, comidas, etc.). Vivendo dos resultados de suas músicas, ele tem uma casa em Malibu, na Califórnia, muito dinheiro e tempo para bebidas, festas e mulheres. O personagem ta longe de ser um exemplo de relacionamentos, tanto com suas namorados, irmão ou mãe. Porém ele nunca tenta se justificar e sequer tem vergonha de seu comportamento.
Como é uma série de comédia, não da para ficar querendo militar em cima do comportamento de Charlie, que obviamente não é aceitável. Por isso, tem que assistir a série com a mente aberta, humor e boa vontade (como a maioria da comédias, para ser sincero). Ainda assim, ele demonstra em várias temporadas ser um ótimo tio e o próprio inicio da série mostra um personagem caridoso, aceitando seu irmão em sua casa sem pensar duas vezes.
Alan Harper
Alan é o irmão mais novo de Charlie. É o personagem certinho e que faz de tudo para agradar as pessoas a sua volta. Após se separar do grande amor de sua vida e praticamente a única mulher com quem já esteve, ele se vê desolado. Apesar de todo esforço que fez, não atingiu nem de perto o sucesso de Charlie e tem em sua carreira como quiroprático tudo que lhe restou. O humor do personagem é baseado em suas constantes e falhas tentativas de mudar. Após uma separação unilateral por parte de Judith, a volta por cima em sua vida amorosa e carreira nunca vem, tornando o personagem frustado, inseguro e até depressivo as vezes.
Assim como o irmão mais velho, ele possui problemas com sua mãe, mas é muito mais ligado a família do que Charlie. Principalmente por causa de seu filho, a quem faz de tudo para manter uma boa relação e proteger dos problemas que o ambiente tóxico a sua volta pode propiciar, com pessoas egoístas e problemática para todos os lados (incluindo o próprio).
Jake Harper
O “meio” do nome da série, Jake inicia a primeira temporada com nove anos e já na temporada introdutória podemos vez um pouco de seu amadurecimento. É o principal ponto de partida para os núcleos humorísticos, que envolvem Charlie e Alan lidando com as situações em que envolvem Jake ou em que Jake os envolve. O personagem vai sendo transformado conforme as temporadas vão passando e é mostrada todas as fases de sua “evolução”. Obviamente ele tem suas esquisitices e estas são esplanadas também. É, naturalmente, o personagem mais interessante de se acompanhar, pela questão do crescimento, que evita que suas piadas sejam sempre as mesmas e se tornem repetitivas, como acontece muitas vezes com Alan e Charlie.
Outros
Além dos protagonistas, temos no elenco principal outros ótimos personagens. Evelyn é a mãe de Charlie e Alan. Extremamente egoísta em vários momentos, reclama com constância do fato de ser ignorada por seus filhos, mas em diversos momentos justifica o comportamento deles. Bastante jovial e segura de si, a personagem da um toque diferente sempre que aparece.
Já Rose é uma louca que mora ao lado da casa de Charlie e inconvenientemente está sempre por perto. A personagem possui várias camadas e é bastante explorada, sendo o principal caso amoroso do protagonista (de uma maneira bizarra). Seu amor doentio por Charlie é o principal foco das piadas envolvendo a personagem.
Berta é a governanta, que, na maior parte do tempo, parece mais uma babá de Charlie. Autoritária e intrometida, ela faz o serviço da maneira que quer e constantemente dá lição de moral nos protagonistas. Há poucos plots focandos na personagem, que num geral faz pontas aleatórias em momentos ao longo dos episódios sempre com uma tirada boa.
Análise pessoal
O objetivo da matéria é que você decida se vale a pena ver a série sem ser influenciado pela opinião dos outros, somente conhecendo seus personagens e formas de humor. Mas, caso ainda esteja indeciso, ai vai uma rápida crítica baseada principalmente na primeira temporada, a qual acabei de (re) assistir para escrever a matéria.
A ação do tempo em Dois Homens e Meio
Dois homens e meio é uma série que envelheceu com diversos problemas. Apesar do humor maravilhoso até a oitava temporada, Charlie Sheen foi demitido e então entrou Ashton Kutcher. Baseado na primeira temporada, é fácil imaginar os rumos que a série toma com seus personagens principais. Com um humor certeiro e as vezes um pouco abusivo, a série não tem medo de abordar diversos temas sociais e o fato de fazer isso em meio ao humor pode gerar algumas reações de estranheza, mas acredito sempre na boa intenção de passar uma mensagem legal ao final deste tipo de episódio. Algo parecido com o que fazia Friends e que HIMYM falhava as vezes.
O elenco, como o de qualquer série, vai ficando mais a vontade com o passar do tempo, já que vai aprendendo o timing um do outro. Consequentemente faz com que os últimos episódios da primeira temporada, por exemplo, já sejam muito melhores que os iniciais. Isso por si só já diz que talvez haja necessidade de ter um pouco de paciência, conhecer os personagens e suas personalidades é parte da construção do humor de qualquer série.
Enfim…
Antes de tudo, há a necessidade de dar um aviso. Como mencionei antes, o ator Charlie Sheen é demitido ao final da oitava temporada, no auge da série, quando era o ator mais bem pago da TV americana. Pois bem, com a finalidade de suprir a falta de Charlie, a qualidade cai drasticamente, tendo somente alguns lampejos da genialidade que um dia foi constante. Assim sendo, sou obrigado a avisar sobre está mudança dando minha opinião: ela foi terrível e os produtores claramente não souberam a hora de parar, o que colocou uma série espetacular e que tinha tudo para ser lembrada para sempre, num limbo de esquecimento.
Particularmente eu assisto até a oitava temporada e finjo que a série nem continua. Entretanto, há, óbvio, a opção de você gostar. Mas para isso, tem que primeiro assistir. Depois de tudo que leu aqui, acha que vale a pena ver?