Dororo – Resenha dos episódios 6 ao 8
Exibição Original: 07 de Janeiro de 2019 – presente |
Título Original: Dororo どろろ |
Estúdio: MAPPA e Tezuka Productions |
Avaliação: ★★★★★ (Excelente) |
Mais uma vez falando sobre um dos animes mais bem avaliados neste primeiro semestre de 2019, Dororo. Neste post falaremos sobre os episódios 6, 7 e 8 do anime onde novas emoções foram despertas nos personagens. Veja aqui também a resenha dos episódios anteriores que fizemos no Meta.
Começando com o episódio 6, acompanhamos a continuação da saga de Dororo em saber sobre o real trabalho de Mio sem contar para nenhuma das crianças órfãs. Enquanto isso, Hyakkimaru ainda passa por alguns problemas de audição ao mesmo tempo em que tenta encontrar alguma forma de ficar de pé para destruir o demônio que enfrentou anteriormente. Com a sua audição recém recuperada, o único som que o jovem samurai está disposto a ouvir é a canção que Mio canta para ele.
O senhor cego que acompanhava os dois garotos deixa a casa onde estavam e deixa um alerta para Dororo: o perigo de Hyakkimaru despertar certo comportamento hostil por conta das brasas negativas deixadas pelos demônios em seu corpo. É nesse meio tempo em que a narrativa aborda mais um pouco sobre a relação entre Nui e Tahomaru (respectivamente mãe e irmão de Hyakkimaru). O vínculo entre eles é bem conturbado. O jovem sente que sua mãe nunca lhe da atenção devida e por isso sempre tentou chamar sua atenção (sendo muito mimado por seu pai Daigo, e superprotegidos por seus servos), enquanto Nui sempre teve seus pensamentos no primogênito, tenta disfarçar a falta de atenção dada ao mais novo.
Logo voltamos a principal narrativa onde Mio revela a intenção de seu trabalho, colher dinheiro o suficiente e grãos o suficiente para plantar um arrozal para ela e os órfãos. A história a partir daí torna-se muito mais dramática e densa. Assim como Mio apontou, Dororo por ser pequeno entende muito das relações entre os adultos, e é nesse meio tempo entre as conversas que os soldados para Mio serve acabam por descobrir de seu trabalho duplo, alegando espionagem. Ao mesmo tempo em que eles vão atrás dela, Hyakkimaru vai novamente lutar contra o demônio que enfrentou anteriormente.
Após derrotar o yokai, Hyakkimaru e Dororo voltam para casa e encontram todos mortos, tanto órfãos, quanto Mio. É aí então que somos apresentados a uma fúria incontrolável do ronin, como já fora alertado pelo senhor cego. Dororo tenta acudir a jovem caída quase morta enquanto assiste Hyakkimaru urrar de desespero e raiva, matando todos os samurais presentes ali. Ao chegar no último, Dororo impede e traz o ronin de volta a sua sã consciência (lembrando-se do alerta). Este último episódio nos mostrou o quanto as emoções dos personagens, principalmente de Hyakkimaru podem ser entendidas sem mesmo ele apresentar nenhuma emoção ou dizer qualquer palavra.
Chegando ao episódio 7 de Dororo, somos apresentados a uma narrativa um pouco mais lenta do que já fora apresentado, porém com um grande aprendizado para os protagonistas. Ainda sentidos pelo o que aconteceu, Dororo e Hyakkimaru encontram no meio do caminho um demônio-aranha que suga a força vital dos humanos, sem a menor piedade. Hyakkimaru enfrenta o demônio, mas este acaba fugindo e encontrando-se com um homem que a acolhe e a trata muito bem (surpreendendo-a). Ao chegarem nessa vila também, os garotos são observam alguns conflitos existentes.
Os moradores do vilarejo são praticamente obrigados a trabalharem nas pedreiras e construções da vila, e advertidas a qualquer esboço de cansaço ou reação ao trabalho. Enquanto isso, casos de sumiço de moradores passam a acontecer e investigados por soldados que supervisionam o local. A relação entre o demônio-aranha e o morador acabam se estreitando, e o yokai cria feição por aquele humano. Os dois então tentam fugir do vilarejo, mas são perseguidos pelos soldados, Dororo e Hyakkimaru, que descobrem o mistério do sumiço dos moradores da vila.
Na intenção de derrotar o demônio, Hyakkimaru saca suas lâminas e começa a lutar. Porém quando o yokai mostra seus sentimentos pelo morador, defendendo-o incansavelmente, o anime nos apresenta outra visão sobre ser ou não um ser maligno. A partir do afeto demonstrado pelo próprio demônio, Hyakkimaru vê que as pessoas não são simplesmente más ou boas, em alguns momentos elas podem se tornar daquela forma ou estado. O ronin acaba por proteger e auxiliar na fuga dos dois, deixando Dororo muito espantado com o caso.
Agora no episódio 8 de Dororo, os jovens caminham mais uma vez até qualquer um outro novo destino. Enquanto isso o garoto mais novo questiona o porquê, mesmo tendo recuperado sua voz, Hyakkimaru não fala e também nunca esboçou uma risada. Logo, os dois chegam a uma vila onde os moradores recebem diversas “visitas” de um demônio chamado Nokosaregumo, uma espécie de nuvem preta que mata e devora os moradores, a não ser que eles arrumem uma nova noiva para ele.
É aí então que vendo a preparação para uma nova escolhida que Dororo e Hyakkimaru conhecem Saru, um jovem órfão que está tentando salvar sua irmã (não consanguínea) de “casar-se” com Nokosaregumo. Sendo questionado de inicio, mas logo entendendo o ponto, Dororo resolve ajudar Saru. Tentando interromper a “cerimônia”, os três jovens se deparam com a real forma do demônio, uma espécie de centopeia-dragão. E quem mais é pego de surpresa é Hyakkimaru, que não consegue lutar, pois não é capaz de enxergar o demônio em meio à nuvem preta.
Dororo fica espantado por conta da impossibilidade de Hyakkimaru, mas tenta junto a Saru dar um jeito na situação que se formou (já que não conseguiram impossibilitar o “casamento”). Saru muito sentido com toda a situação aceita a ajuda dos jovens e bolam um plano para derrotar Nokosaregumo, forjando uma nova cerimônia. É em dados momento da luta entre os personagens que Hyakkimaru desenvolve uma técnica para identificar o demônio, logo depois tendo ajuda de Dororo. As cenas de luta, novamente, são muito bem feitas dentro do anime. O que já era de se esperar.
Hyakkimaru recupera seu nariz e seu olfato. Ao final do episódio somos surpreendidos então quando, ao salvar a irmã de Saru e partir para outro local em uma “conversa” como qualquer outra entre eles, Hyakkimaru que cheirava uma flor, a oferece para o garotinho e então pronuncia o nome… Dororo. Ouvimos de fato a voz do samurai no anime, o que deixa uma grande expectativa para os próximos episódios de como irá ser agora a relação entre os dois personagens e quais serão os diálogos.
Como já dito, o anime Dororo traz a tona quais as formas que podemos observar sobre os diálogos entre algumas situações onde não se tem de fato a fala, mas sim a forte presença do silêncio ou até mesmo do sentimento em diversos gestos como já fora mostrado por Hyakkimaru.
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