Por que existem dois animes de Fullmetal Alchemist?
Embora tanto o anime Fullmetal Alchemist original quanto o Brotherhood sejam elogiados por sua qualidade excepcional, muitos fãs mais recentes ficam surpresos ao descobrir a existência de dois animes completamente distintos. Por que a série foi adaptada duas vezes e qual a razão para as notáveis diferenças?
A publicação do mangá Fullmetal Alchemist teve início em julho de 2001, ganhando rapidamente popularidade. A criadora da série, Hiromu Arakawa, foi abordada para uma adaptação para anime, que foi realizada pelo Studio Bones. O primeiro anime estreou seu episódio inaugural em 4 de outubro de 2003, encerrando com 51 episódios um ano depois.
Na época do lançamento do primeiro anime, o mangá estava apenas no capítulo 28 de uma história que se estenderia por 108 capítulos. O mangá, no entanto, foi concluído com o capítulo 108 em junho de 2010, nove anos após o início. Arakawa revelou que, embora tivesse concebido o final de Fullmetal Alchemist desde o início, permitiu que o estúdio de animação criasse uma trama própria com base no que havia sido publicado até aquele ponto.
O Fullmetal Alchemist original desviou-se a pedido da criadora da série
Em uma entrevista à Newtype USA em 2006, Arakawa expressou sua opinião de que uma narrativa cross-media perderia o sentido se todas as versões fossem exatamente iguais. Portanto, desde o início, estava destinado que o Fullmetal Alchemist de 2003 se diferenciasse do mangá. Na mesma entrevista, Arakawa revelou seu fascínio ao imaginar a versão dos Homúnculos no anime e especular sobre como suas histórias se desdobrariam. A primeira série foi um sucesso estrondoso, culminando posteriormente em um filme totalmente original, “O Conquistador de Shamballa”, lançado em 2005.
Em setembro de 2008, o 20º volume do mangá foi lançado no Japão, acompanhado de uma nota de Arakawa que anunciava o desenvolvimento de um segundo anime. Essa segunda série, posteriormente conhecida como Fullmetal Alchemist: Brotherhood, estava sendo produzida mais uma vez pelo Studio Bones. A característica widescreen e a participação significativa do elenco original, tanto na dublagem japonesa quanto na inglesa, foram destacadas. O aspecto mais crucial para os fãs foi a promessa de que Fullmetal Alchemist: Brotherhood seria uma adaptação fiel ao mangá.
Fullmetal Alchemist: Brotherhood existe para adaptar o mangá corretamente
Brotherhood fez sua estreia em abril de 2009, apresentando um total de 64 episódios antes de sua conclusão em julho de 2010. No entanto, a ansiedade entre os fãs cresceu, uma vez que o capítulo final do mangá só foi lançado em junho daquele ano. Essas preocupações foram dissipadas em maio pelo Studio Bones, que assegurou que os episódios finais estavam em produção e que a série seguiria fielmente o desfecho do mangá. O sucesso comercial e de crítica de Brotherhood foi notável, gerando até mesmo um filme de anime original chamado “The Sacred Star of Milos”, que estreou no Japão em julho de 2011.
A dualidade de versões de Fullmetal Alchemist encontra sua explicação na perenidade de sua popularidade. O mangá conquistou tal destaque que antecipou a criação de um anime, forçando-o a conceber um desfecho original. Este anime, por sua vez, alcançou uma popularidade expressiva, gerando filmes próprios. A saga continuou a evoluir, culminando em uma adaptação live-action lançada no Japão em 2022. A decisão de readaptar Fullmetal Alchemist, especialmente quando o mangá estava próximo da conclusão, foi uma escolha natural, dada a significativa divergência entre as duas versões.
Atualmente, todos os episódios de Fullmetal Alchemist: Brotherhood estão disponíveis para visualização na Crunchyroll, proporcionando aos fãs uma oportunidade completa de imersão na saga.
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Assisti aos dois, mas prefiro o Mangá, a leitura passa uma sensação diferente!