Ficha Técnica | |
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Nome: Brinquedo Assassino 2 (Child Play’s 2) | Data de Lançamento: 1990 |
Diretor: John Lafia | Criador: Dom Mancine |
Elenco: Alex Vincent, Christine Elise e Brad Dourif. | Gênero: Terror, Slasher |
De volta após apenas dois anos, Brinquedo Assassino 2 não consegue justificar sua existência e vira mais do mesmo. Mas, apesar deste defeito, é um filme divertido. Isso, claro, caso você escolha ignorar alguns defeitos que não só Chucky, mas Jason, Michael e outros vilões sofrem em suas sequências.
O retorno de Chucky
Depois de ser carbonizado e morto no primeiro filme, o boneco Good Guy é trazido de volta e reconstruído pela empresa responsável para provar de que não havia nada demais e que as acusações feitas sobre ele estar vivo não passavam de mentiras. A reconstrução de Chucky é o primeiro fator negativo do filme, já que ele ignora totalmente a motivação do original. Chucky tinha pressa em ir para o corpo de Andy ou voltava a ser humano no corpo do boneco. Como já estava com suas transformação quase completa, é ilógico acreditar que o reconstruir iria lhe trazer a vida novamente com apenas um raio.
Os mesmos personagens (em todos aspectos…)
Sendo assim, o boneco retorna ao seu status original e volta suas atenções em tomar o corpo de Andy. O garoto, é o único (além do próprio Chucky, óbvio) a retornar para o filme. Apesar do elenco do primeiro ser bom, as ações do boneco são possíveis somente sob a descrença dos demais ao redor de que ele é inofensivo, e o retorno do detetive Mike e de Karen Barclay impediria que o boneco pudesse fazer muita coisa. Como Andy é uma criança desacreditada, continua sem forças para bater de frente com o vilão.
A decisão para Brinquedo Assassino 2 é inteligente, mas perde a oportunidade de utilizar isso para criar um embate diferente entre Andy e Chucky. Com isso, a lógica é praticamente a mesma do primeiro filme, onde o garoto simplesmente tenta convencer os outros de que o boneco ta vivo enquanto tenta sobreviver a ele. Sendo que ao final do primeiro o mesmo já enfrentava Chucky. É bizarro acreditar que Andy realmente foi convencido de que Chucky era só fruto de sua mente, o que também reseta toda evolução do personagem, que, assim como Chuck, retorna ao seu estado original.
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Um remake (e nem é o de 2019)
Estas questões impedem que o filme mostre algo diferente e vira quase um remake do original, só que abordando a questão social da adoção. Enquanto no primeiro era abordado a criação de um filho por parte de uma mãe solteira com dificuldades financeiras. Assim como no primeiro filme, aqui a questão fica tangente ao terror e não é aprofundada, só usada como pano de fundo para o terror que atormenta pessoas que já sofrem com outros problemas.
O ato final, no entanto, é o que salva a produção de sua total inutilidade, já que é bem mais simbólica e impactante do que o final do primeiro. Alcançando e até superando o nível de bizarrice do “Chuck queimado”, que agora é decepado aos poucos e fica com aparências mais horrendas devido a sua natureza, agora, totalmente humana e “irreversível” (kkkkkkkkkkkkkk).
Conclusão sobre Brinquedo Assassino 2
Como eu disse, é um filme desnecessário de existir do ponto de vista de que não traz nada de novo e ainda ignora partes importantes do seu antecessor. Pegando um roteiro redondo e interessante e o tornando incoerente como franquia. Mas, para quem gosta do primeiro, este também vai agradar, com mortes criativas e um Chucky mais sádico ainda. Se você não se importa com continuações repetitivas, vai gostar, sem dúvidas.
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