Veja nossa análise de Elden Ring, o novo jogo da From Software, dos mesmos desenvolvedores da série Souls. Sua história foi criada em parceria com George R . R Martin, autor dos livros de “A Song of Ice and Fire”.
O game tem sido aclamado pelas mídias e jogadores nos últimos tempos e não por menos, Elden ring é grande, bonito e o combate desafiador e eletrizante como sempre nos jogos de Hidetaka Miyazaki.
O jogo foi lançado no dia 25 de fevereiro e está disponível para quase todas as plataformas: PC, PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One e Xbox Series. Está totalmente adaptado e traduzido para o português do Brasil.
Assim como a maioria dos lançamentos no Brasil, o preço está “salgado”. Disponível em duas versões: Deluxe, R$399,50 e padrão R$299,90. Confira nossa análise completa de Elden Ring abaixo.
História
Como dito antes, a história do jogo foi desenvolvida em parceria com o renomado autor George R.R Martin, cujo seus livros foram baseados para a criação da série Game Of Thrones (até onde a série era boa, pelo menos).
A narrativa e história do jogo são um pouco mais desenvolvidas e profundas do que os outros jogos da série Souls. Ainda sim, tudo parece muito familiar para os jogadores veteranos da franquia da From Software.
Após a criação do personagem, o jogador é levado a uma cutscene cheia de elementos fantásticos e sombrios, explicando as ruínas e perigos do mundo que estamos prestes a descobrir.
A Terra Intermédia nem sempre foi cheia de mortos-vivos e perigos como apresentada no jogo. Na verdade, ela era reinada pela rainha Marika, a Eterna, e seus filhos os Semi-Deuses.
O Anel Ancião ajudava a manter um equilíbrio entre os reinos, até o dia em que foi destruído e Marika exilada. Os semideuses travaram uma guerra sem fim entre si, deixando a Terra Intermédia destruída e cheia de mortos vivos.
O nosso personagem é chamado de “Tarnished” ou o “Maculado”, aquele destinado a encontrar os pedaços do Anel e juntá-lo, se tornando assim, o Lorde Ancião.
Como sempre, as histórias contadas pela From Software são difíceis de se entender sem buscar mais informações dentro do jogo. Assim como nos jogos Souls, é possível descobrir melhor a lore, história e personagens encontrando livros e pergaminhos explorando o mundo.
Criação de Personagem
Queria dar destaque especial para esse ponto. Um dos melhores momentos em um novo jogo RPG, na minha opinião, é modelar e criar seu personagem.
Elden Ring, assim como Dark Souls 3, permite uma boa customização e liberdade de criatividade para os entusiastas (como eu). Pode-se modelar tamanhos, estilos, gênero, rugas, tipo do corpo, o branco dos olhos e muito mais.
Na análise de Elden Ring, passei cerca de uns 35 ou 40 min para criar o personagem perfeito para mim, um samurai veterano de cabelos longos prateados, com heterocromia, tatuagem no pescoço e um tapa olho. Alguns jogadores até recriaram o rapper Kanye West, com quase perfeição.
Mundo aberto
Diferentemente da série Souls, em que somos levados a mapas lineares (apesar de um certo nível de exploração) e bem detalhados com armadilhas e inimigos, Elden Ring é um jogo de mundo aberto tradicional. A exploração do mapa é recompensadora e incentivada.
Logo após as cutscenes iniciais e a criação de personagem, somos jogados direto no gameplay. Em uma torre inicial abrimos as portas e pode-se ver um vislumbre do mundo. Após cruzar uma ponte que leva a um monumento, enfrentamos o primeiro Boss do jogo.
Como de costume, a luta é desnivelada propositalmente para levar-nos até o mapa principal (para os jogadores habilidosos que conseguirem derrota-lo, ganhará armas especiais e poderosas para o início do jogo).
Depois disso, finalmente somos lançados no mundo. A primeira coisa que chama atenção e nos acompanha para quase todos os lados do mapa, é a Árvore Erd (quase uma Yggdrasill). Tomada por tons monocromáticos de amarelo, a árvore é gigante e uma visão monumental desse mundo.
O mapa é vasto e bonito, os campos e as tundras para andarmos é convidativo a todos os jogadores amantes de RPG, muito mais que os jogos da série Souls. Como a maioria dos games da From Software, não há indicadores de quests ou waypoints para seguir, o que incentiva ainda mais a exploração desse mundo.
Nos vales e montanhas podemos encontrar inimigos que andam e patrulham as estradas. O mapa pode ser explorado simplesmente andando ou da maneira mais divertida, com o leal cavalo mágico Torrent. As distâncias se encurtam, além de facilitar a velha prática de pular para passar entre as montanhas, bem estilo Skyrim.
Apesar de toda sua beleza e tamanho, não há uma grande variação de biomas no mapa. As dungeons podem ser repetitivas e genéricas, os inimigos são sempre os mesmos e até os Bosses também. Existem três tipos de masmorras para explorar: Catacumbas, cavernas e minas.
Análise do combate de Elden Ring
A primeira vez que saí para explorar o mundo, eu estava maravilhado com a beleza do mapa. Até que encontrei meu primeiro inimigo.
No auge de minha inocência e me sentindo poderoso com minha armadura de Samurai, decidi enfrentá-lo. Um cavaleiro de armadura dourada montado em um cavalo gigante, ótima ideia a minha, não?
Assim, gastei todas minhas flechas normais e de fogo no cavaleiro e dei-lhe um bom dano, não o suficiente. Em questão de segundos o inimigo pulou no meu pobre samurai e com três golpes me matou.
Além de desonrar os Samurais, foi assim que lembrei, estou jogando um “Souls”. Apesar de toda sua beleza e de ser tão convidativo, Elden Ring ainda é um jogo com combate bruto. Aos jogadores casuais que se sentirem atraídos pelo game por conta de seu mundo aberto fantástico, devem ter cautela ao pensarem que é menos difícil que Dark Souls.
Existem 10 classes ao total e cada uma com habilidades e atributos diferentes. Fiz dois gameplays cada um bem distinto do outro, o primeiro com a classe de astrólogo, uma pegada mais mágica e o segundo de Samurai, minha preferida.
O combate é responsivo e frenético. Os ataques dos chefões mudam constantemente e requerem adaptabilidade e julgamento rápido dos jogadores. Assim como seus antecessores, o sistema de rolagem é essencial para sobreviver. Na minha opinião o combate de Elden Ring é ainda mais difícil que os jogos Souls.
Elden Ring se propõe em ser o mais acessível de todos os jogos da From Software, oferece mais dicas que os jogos Souls, alguns tutoriais e até mesmo uma nova mecânica de forjar armas.
Até mesmo para a exploração existe uma pequena ajuda, um “espírito” que indica a direção das localidades mais importantes para seguir a história. No final é muito comum ignorar essa indicação, como todo bom jogo de RPG de mundo aberto e seguir seu próprio caminho.
Vale a pena jogar?
Após nossa análise de Elden Ring, podemos dizer com certeza que é um jogo fantástico e muito bonito graficamente. O mapa é convidativo a ser explorado e pode-se gastar horas e horas no jogo. Apesar da lore do game não dar continuidade a todo universo que nos foi introduzido na série Soulsborne até aqui, Elden Ring conta com quase a mesma jogabilidade dos jogos anteriores. Não pense que sua veteranice na franquia será 100% aproveitada nesse novo mundo, pois ainda assim o game é extremamente difícil e desafiador.
A transição de modelo de jogo linear para mundo aberto foi feita com quase perfeição pela From Software. Os aprendizados dos desenvolvedores com os outros games da série foram trazidos a Elden Ring e inovações também.
Apesar de alguns bugs e problemas técnicos no PC, que a Bandai confirmou estar trabalhando para resolver, vale a pena fazer vistas grossas para eles e aproveitar tudo o que o jogo tem para oferecer. Elden Ring é sim uma obra prima e forte candidato ao Game Of The Year, vale muito a pena jogar!
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