Análise do game indie Elden: Path of the Forgotten

Análise do game indie Elden: Path of the Forgotten, ação 2D com jobailidade souls-like que foi desenvolvido por apenas uma pessoa: Dylan Walker.

Análise do game indie Elden: Path of the Forgotten

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Recebemos o convite para análise do game indie Elden: Path of the Forgotten. Eu adoro games independentes, aliás, ultimamente é só o que eu tenho jogado.

Elden é um jogo ao estilo souls-like de ação 2D, aquela jogabilidade mais cadenciada em que você precisa pensar muito bem na sua movimentação baseado na sua estamina, no peso do golpe, do equipamento e, principalmente, adaptar-se a movimentação do adversário.

Este game independente foi criado praticamente todo por uma pessoa, leve isso em consideração. O australiano Dylan Walker o desenvolveu durante quatro anos e desconfio que colocou ali algo como uma jornada obscura e pessoal de forma fictícia.

A história de Elden: Path of the Forgotten

Análise do game indie Elden

Obviamente o game tem uma história, mas é difícil enxergá-la se você não estiver atento. Elden apropria-se de uma narrativa subliminar, baseada em acontecimentos, em cenários, em movimentos, inimigos e na ordem que as coisas acontecem. Aliás, esse é um ponto que eu gostei muito, o fato de você ter que pensar nessa história sem ter nenhuma fala ou diálogo, ou até instrução de jogo, bem na pegada “vá lá, morra algumas vezes, e descubra”.

Muitos enigmas ainda permanecem obscuros para mim, principalmente mapas e pergaminhos que não consegui decifrar. Então, prepare-se para quebrar a cuca.

Análise do game indie Elden

O universo do jogo é um mundo obscuro ao estilo Lovecraft, com monstros bizarros como Ctchulus, cachorros infernais e dragões. Além disso, vamos passar por cenários ambientados em florestas, desertos, cavernas e algumas bibliotecas. Parece que você está dentro de um pesadelo (e pode ser isso mesmo).

A primeira cena é sua mãe lendo um livro em seu quarto. Ee repente ela fica “possuída” e se levanta, desenha um simbolo no chão com giz de cera e é engolida por um portal. Após isso, você chega no quarto e encontra apenas rastros do que aconteceu.

Nisso o jogo já te coloca numa jornada para resgatar sua mãe, sempre acompanhado de um pássaro branco azulado, que te indica itens jogados no cenário e lugares nos quais a interação é possível.

A Jogabilidade de Elden

Por ser um game ao estilo souls-like, a gente já sabe que vai morrer muito. Eu joguei no Nintendo Switch e gostei muito da jogabilidade, você tem 3 armas: machado, espada e lança. Cada uma tem um alcance, dano, movimento e consumo de estamina.

O ponto que me incomodou na jogabilidade são alguns bugs que o jogo aparenta em movimentação e golpes. Exemplo: se eu golpeio com a espada, consigo atingir facilmente o oponente e eu não preciso de uma “precisão” na direção do golpe. Já quando vou usar a lança, eu preciso mirar muito bem na direção do alvo, o problema é que não existem meio termo de direção do golpe, você não consegue vários ângulos para desferi-los e isso faz com que a lança seja uma péssima escolha.

Outro aspecto que me chamou atenção é o fato de eu poder passar alguns pontos do mapa sem precisar confrontar nenhum adversário. Recuperar vida só é possível com comida (frutas, carnes, peixes…) ou com pontos específicos de recuperação de life. Então, evitar o confronto muitas vezes é mais inteligente.

Análise do game indie Elden

Gráficos e Áudio de Elden

Os gráficos desse game indie são ao estilo pixel-art e são muito bonitos. Gostei muito da animação do personagens, a movimentação de golpes, rolagem e até quando você fica parado.

Todos os personagens ficaram muito bem feitos, os cavaleiros que aparecem e até os Bosses. Mas a variedade de inimigos é escassa e também o design deles deixou um pouco a desejar. Aliás, um exemplo disso é o dragão, que é apenas um dragão roxo, sem praticamente nenhum detalhe. Sei que envolve toda mitologia baseada em Lovecraft.

Os cenários foram todos muito bem feitos, principalmente os internos (a biblioteca ficou sensancional).

Eu identifiquei alguns bugs na construção do cenário, mas acho que isso é normal por se tratar de um game desenvolvido por uma única pessoa. Acho que a transição de fases ficou um pouco bugada, você entra no portal e espera um bom tempo de carregamento numa tela estranha. Além disso, o FPS cai bastante em alguns momentos, mas não é por que temos muitos inimigos em volta, mas talvez tenha faltado otimização para o Switch, não sei dizer se para PC ocorre o mesmo.

Falando um pouco do áudio. A música te deixa bem inserido no clima sombrio do game. A fase final é incrível o nível de imersão proporcionada pelo cenário e pela música, você fica preso na tela.

Identifiquei dois pontos a serem melhorados no áudio mas que não incomodam muito: a música não varia muito (tanto música quanto efeitos dos golpes ou inimigos) e alguns bugs também ocorrem no áudio.

Conclusão

Para encerrar nossa Análise do game indie Elden: Path of the Forgotten, gostaria de agradecer a Jesús Fabre e Onerat Games pela cópia gratuita e antecipada que disponibilizaram para o Meta Galáxia. O game foi testado no Nintendo Switch.

Elden entrega um game indie interessante pela sua narrativa velada, subliminar e misteriosa. O clima do jogo é muito interessante, é legal explorar algo que você precisa pensar bastante para entender o que esta acontecendo, ligar os pontos e ficar muito atento aos detalhes.

Imagine um jogo todo sem falas, textos ou instruções, mas fique tranquilo, nada disso atrapalha a experiência.

Na minha opinião tem muitos aspectos a serem melhorados, mas devemos considerar que esse game foi desenvolvido apenas por uma pessoa, e a mensagem que ele tenta transmitir é mais profunda do que a maioria dos games. Vale destacar os pontos altos de design de personagens, originalidade, pixel-art bem interessante e os bosses que são bem legais.

Se você procura um game indie que, apesar de curto é desafiador e misterioso, Elden é uma boa opção.

Publicitário e "marketeiro digital" de profissão, desenhista e ilustrador totalmente amador. Palmeirense, amante de basquete, admirador da cultura japonesa, viagens e Coca-Cola. Vale dizer que considero videogames a arte mais completa que existe.

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