Steins;Gate – Manipulando o tempo (1° Temporada) | Análise

Existe uma temática absurdamente interessante no gênero da ficção científica e que costumeiramente tenta trazer abordagens novas: A viagem no tempo. Porém, todavia e entretanto, não é tão simples assim. Para começar, há necessidade de uma boa motivação para que isso ocorra, seja ela sobrenatural ou científica. Outra coisa interessante, é a capacidade de criar a partir dai uma história que gere curiosidade, afinal, a viagem no tempo em si é só um elemento de roteiro. Podemos lembrar exemplos recentes que abordam essa temática e criam uma história relevante ao mesmo tempo, como Dark. Outra, um pouco mais antiga e que se alia melhor com nossa análise de hoje é Efeito Borboleta. Vamos falar daquele que é, para mim, o melhor anime que já vi: Steins;Gate!

Abra o Steins;Gate!

Há uma das coisas mais interessantes em qualquer história, seja na mídia que for (Livro, Filme, Série,etc.) que é saber gerar curiosidade. Steins;Gate, a principio, pode soar bobinho. Porém, rapidamente, ainda em seu primeiro episódio, o anime é capaz de mostrar do que é capaz. Isso, claro, sem precisar sacrificar seu roteiro para tal. De forma orgânica, somos introduzidos ao nosso protagonista, sua personalidade, seus amigos e, principalmente a sua problemática: Kuriso morre, mas aparece viva no final!

A partir dai, como deve ser, o anime desacelera seu ritmo. Acompanhamos o raciocínio do nosso protagonista com relação aos acontecimentos. Entendemos a relação de Okabe com seus amigos e, em paralelo, temos a viagem no tempo sendo trabalhada. Tudo é feito de maneira despretensiosa até chegarmos ao clímax. Antes de atingirmos esse momento importante, muitas coisas são construídas de maneira subjetiva, como a personagem de Suzuha. No momento em que Okabe se vê preso ao loop que sempre resulta na morte de sua melhor amiga, é que vem o grande acerto do anime.

De maneira inteligente e bem construída, passamos a acompanhar os desdobramentos reversos do que tínhamos visto antes. Com isso, o protagonista ganha um ótimo aprofundamento conforme vai desfazendo suas atitudes anteriores. O melhor de tudo, porém, ainda estava por vir. De maneira discreta e até safada, o roteiro nos fez esquecer da problemática introduzida ainda no primeiro episódio e, quase que em paralelo com o protagonista – a não ser que você seja muito atento – somos pego de surpresa pela impactante conclusão que Okaba chega, indo para o verdadeiro clímax da história.

Tudo e mais um pouco em Stein;Gate

O anime entrega tudo que você costuma ver em viagens no tempo. Desde futuros distópicos, organizações secretas, máquinas do tempo e tudo o mais. Porém, também, acabando parodiante algumas coisas como o próprio cientista louco Kyouma, que nada mais é que um personagem criado pelo protagonista e que, no fim, por acidente, acaba realmente criando uma máquina do tempo. Essa coisa toda do protagonista se ver em meio a uma conspiração que vale o futuro do mundo após estar somente brincando com seus amigos é bem trabalha e torna bastante crível suas reações com os acontecimentos.

Como qualquer história de viagem no tempo, Steing;Gate necessita atenção e até mesmo uma segunda assistida para você absorver tudo. Porém, na maior parte do tempo, o anime consegue ser bastante consistente em seu roteiro, inclusive sem exagerar nos diálogos explicativos. Aquele momento em que Kyouma tenta salvar Mayuri, porém, cria alguns trechos um pouco alongados envolvendo personagens menos interessantes. Nada, no entanto, que estrague a magia da coisa.

Em Conclusão

Stein;Gate nos entrega um dos melhores animes de todos os tempo. Mais além, nos entrega uma das mais consistentes e interessantes história sobre viagem no tempo que eu pude assistir. Sabendo equilibrar bem o drama, o humor eo romance, a história começa sabendo introduzir bem suas premissas e termina como qualquer boa história deve terminar: num beijo romântico após tudo dar certo no final.

Wesley Medeiros
Quem quiser saber quem sou, olha para o céu azul...Amante de infinitas coisas, desde animes, games, filmes, séries, música, futebol, literatura...Toda e qualquer uma dessas artes, mas, principalmente, a escrita, que torna minhas palavras imortais igual ao meu tricolor!

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