Stranger Things 3 (Netflix) – Resenha

O Devorador de Mundos está de volta na terceira e melhor temporada da série

Stranger Things 3 – Resenha da terceira temporada da série

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Ano: 2019
Título Original: Stranger Things 3
Criação: The Duffer Brothers |Nº de Episódios: 08

Um é pouco, dois é bom… e sim, três é demais! Stranger Things 3 é a prova de que algo que é bom sempre pode melhorar. E o que temos nesta temporada, após dois anos de espera, é possivelmente a melhor sequência de toda série.

Acompanhando o crescimento de seu elenco mirim – agora juvenil -, a obra retorna com um caráter mais maduro em diversos aspectos, que vão desde a estória propriamente dita às atuações de todo elenco e mesmo a produção em si, que está impecável.

Confira a resenha da segunda temporada

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Em Stranger Things 3, um grupo de militares e cientistas russos tenta reabrir o portal selado por Eleven (Millie Bobby Brown), dando vasão ao retorno do Devorador de Mentes. Passado um ano, agora no verão de 1985, uma série de casos bizarros envolvendo ratos e o uso de produtos químicos começa a se espalhar pela cidade de Hawkins.

Enquanto isso, o grupo segue vivendo sua vida adolescente. El e Mike estão namorando e não se desgrudam; Lucas continua com Max, e Will enfrenta os dilemas da transição da infância para a adolescência. Dustin retorna de um acampamento de ciências; Nancy e Jonathan namoram e estão trabalhando em um jornal, enquanto Steve começou a trabalhar em uma sorveteria no recém-inaugurado shopping center.

O novo shopping center passa a ser o centro das atenções da cidade (e é onde se passa boa parte da temporada). Ao mesmo tempo, os estranhos incidentes começam a chegar diretamente ao grupo, e de um modo não esperado, o Devorador de Mentes retorna a Hawkins ainda mais perigoso do que antes. Cabe aos protagonistas e suas lideranças adultas – Joyce e Hopper – desvendar o mistério e confrontar novamente a criatura, ao mesmo tempo em que lidam com seus desafios pessoais.

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Stranger Things 3 consegue reunir todos os aspectos positivos que foram explorados nas temporadas anteriores e desenvolve-los ao máximo, apresentando uma experiência de entretenimento das mais gratificantes vistas nos últimos tempos. Todos os elementos estão lá: a nostalgia oitentista e suas dezenas de referências; o terror e suspense investigativo; as relações de amor e amizade e sua influência na tomada de decisão dos personagens; e a trilha sonora fantástica que faz a série ter seu tom único.

Todas estas características parecem mais críveis e pertinentes do que nunca. Do shopping center com as lojas GAP e Burger King às conspirações russas tão exploradas nos filmes americanos dos anos 80; a caracterização dos personagens, seus cabelos, evoluindo com a chegada da segunda metade da década. Tudo foi incrivelmente pensado e bem trabalhado detalhe a detalhe.

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Ao mesmo tempo em que seus personagens cresceram, a série também se apresenta mais robusta em Stranger Things 3. A carga dramática é muito maior, o que é visto na entrega de seus personagens e nos ótimos diálogos, especialmente nos episódios finais. E além disso, há também uma boa dose de visceralidade, com cenas violentas e gore não vistas antes na produção, o que é colocado de forma proporcional e nem um pouco forçada ou exagerada.

Stranger Things 3 consegue explorar os núcleos de personagens criados em Stranger Things 2, dando destaque em diferentes momentos para os grupos encabeçados por Eleven, Dustin e Hopper que, juntamente com Joyce, assume o protagonismo desta temporada. Vale destacar também a revelação Robin (a jovem atriz Maya Hawke), companheira de Steve que rouba os holofotes com uma personagem muito carismática e bem desenvolvida; o carismático “Smirnoff” Alexei (Alec Utgoff); e Billy (Dacre Montgomery), que desta vez assume um papel central na trama.

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A direção e fotografia também estão fantásticas, bem quanto a produção visual propriamente dita, que sabe transitar entre o “juvenil” e o “sombrio”. Os efeitos especiais convencem e as cenas de ação são frenéticas, também recorrentes na maior parte dos episódios. A forma física do Devorador de Mentes, por exemplo, é muito bem feita e lembra “chefões” de jogos clássicos como Resident Evil e filmes de terror sci-fi.

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Pelo rico conjunto da obra, Stranger Things 3 pode ser considerada a melhor temporada da série e certamente uma das principais produções da Netflix em 2019. Ah, não deixe de conferir a cena pós-crédito do último episódio!

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https://www.youtube.com/watch?v=YEG3bmU_WaI

ASSINATURA

ANÁLISE CRÍTICA - NOTA
Stranger Things 3
Escritor, publicitário, louco por esportes e entretenimento. Autor de A Última Estação (junto com Rodolfo Bezerra) e CEP e um dos fundadores do Meta Galáxia.
stranger-things-3-netflix-resenhaMais madura, visceral e empolgante, terceira temporada se apresenta como a melhor da série e uma das mais fantásticas produções da Netflix

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