Jujutsu Kaisen: Por que os Feiticeiros Jujutsu de Tóquio e Kyoto são tão diferentes?
Até agora em Jujutsu Kaisen, todos os feiticeiros revelados têm uma de duas afiliações principais: o Tokyo Metropolitan Curse Technical College, também conhecido como Jujutsu High, ou sua escola irmã, a Kyoto Prefectural Jujutsu High School. Estas duas instituições são as únicas oficialmente autorizadas a treinar feiticeiros de acordo com os princípios da Sede do Jujutsu. Embora compartilhem certas semelhanças, como uniformes escolares e sistemas de avaliação para estudantes feiticeiros, os graduados de cada escola acabam se tornando tipos completamente diferentes de feiticeiros. Aqui está o que distingue os ex-alunos da Tokyo High de seus colegas em Kyoto.
A Tokyo High adota um estilo de gestão bastante distinto em comparação com a Kyoto High. Em Tóquio, os feiticeiros em treinamento são encorajados a desenvolver pensamento independente, mesmo que esse incentivo não seja explicitamente declarado. Quando o novo diretor da Tokyo High, Masamichi Yaga, informou Satoru Gojo e Suguru Geto sobre a missão de proteger Riko Amanai até sua fusão com Tengen, ele não emitiu julgamentos sobre a natureza da missão que deveriam realizar. Durante o acompanhamento de Riko, Gojo e Geto rapidamente perceberam a imoralidade do acordo de sacrificá-la a Tengen por conta própria. Eles deduziram com precisão que Masamichi esperava que chegassem a essa conclusão de forma autônoma. Esse espírito de independência é o que distingue os estudantes da Tokyo High e tem implicações profundas em seu desenvolvimento como feiticeiros.
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Masamichi incentiva estudantes de Tóquio a serem independentes na Tokyo High
Desde que assumiu a posição de diretor, Masamichi Yaga tomou diversas decisões que provavelmente não foram bem recebidas pelos superiores do mundo do jujutsu. Isso inclui desde permitir o registro de um cadáver amaldiçoado autônomo até apoiar figuras como Maki, conhecida como o “fracasso da linhagem Zenin”. Mais recentemente, a situação de Yuji Itadori, o hospedeiro de Sukuna, também exemplifica essa abordagem. Yaga não se prende às políticas tradicionais dos clãs ou ao valor convencional das técnicas amaldiçoadas de seus alunos. Seu foco está em treinar feiticeiros de jujutsu altamente capazes, indivíduos que compreendem plenamente os perigos inerentes ao seu trabalho amaldiçoado e, mesmo assim, estão decididos a se esforçar ao máximo em seu aprimoramento.
Não surpreende, portanto, que a maioria dos estudantes e ex-alunos da Tokyo High esteja imbuída de uma motivação elevada, com objetivos que carregam grande significado pessoal ou até mesmo relevância global dentro do mundo do jujutsu. A estratégia de seleção de Yaga para novos alunos é enganosamente criteriosa. Antes de aceitar Yuji Itadori como estudante, o diretor o submeteu a um rigoroso teste de combate, onde o forçou a definir sua aspiração de se tornar um feiticeiro de jujutsu. Somente quando Itadori conseguiu articular de maneira convincente que sua própria força era a ferramenta mais eficaz para conter Sukuna, e que a busca por uma vida normal significaria viver com arrependimentos, é que Masamichi Yaga cedeu em suas dúvidas e questionamentos.
Em contraste, uma pessoa como Kasumi Miwa, vinda da Kyoto Prefectural Jujutsu High School, cuja motivação primordial para se tornar uma feiticeira de jujutsu era a necessidade financeira decorrente de suas origens modestas, provavelmente não teria sido admitida na Tokyo High, dada a abordagem mais seletiva adotada por Yaga.
Os alunos de Gakuganji seguem as normas estabelecidas de Jujutsu na Escola Secundária de Kyoto
Até o momento, o Colégio de Kyoto não foi explorado diretamente, mas as atitudes dos seus alunos em relação ao seu único educador, o Diretor Gakuganji, e sua própria personalidade, fornecem pistas sobre os valores fundamentais que predominam na instituição. Gakuganji é tratado com um nível de reverência que os estudantes de Tóquio nunca direcionam a figuras como Gojo ou Masamichi. Nas tarefas acadêmicas oficiais, o feiticeiro mais experiente é acompanhado por diversos alunos que o assistem com um cuidado especial, mesmo que suas necessidades não exijam tal atenção. Eles até executam tarefas servis, como abrir caminho ou buscar chá para Gakuganji.
Para os estudantes de Kyoto, a palavra do professor é tida como lei. Não importa como se analise, emboscar um aluno legitimado de uma escola rival durante um evento destinado a promover boas relações foi uma atitude equivocada. No entanto, os estudantes de Kyoto, com exceção de Aoi Todo, reprimiram qualquer dúvida que pudessem ter e empenharam-se em exorcizar Itadori como se ele fosse uma maldição. Em Quioto, prevalece a expectativa de obediência inquestionável dos alunos, refletindo o mesmo espírito que permeia as diretrizes da sede central dos feiticeiros de jujutsu.
Alunos de Tokyo são lutadores solo
Uma consequência provavelmente intencional do sistema laissez-faire adotado pela Tokyo High é que muitos estudantes (se não todos) preferem enfrentar batalhas individualmente, em vez de se sobrecarregarem com a dinâmica de uma equipe. Embora sejam treinados para atuar em conjunto, a personalidade distinta de cada aluno é tão marcante que se expressar plenamente durante uma luta frequentemente coloca em risco todos ao seu redor, sejam eles amigos ou inimigos. Cada aluno da Tokyo Jujutsu High é, no mínimo, uma ameaça extremamente crível por conta própria, e essa singularidade torna suas equipes particularmente perigosas quando se unem. Como Gojo expressou a Megumi Fushiguro: “A feitiçaria Jujutsu é um esporte individual”. Esse princípio é abraçado com seriedade na Tokyo High.
Os estudantes da Tokyo High talvez sejam tão autoconfiantes porque a escola os instiga a desenvolver seu poder ao máximo. A influência de Gojo atua como um escudo contra interferências excessivas por parte das autoridades superiores, permitindo que a “corrente de poder” que eles buscaram controlar crescesse livremente em seu campus. Os resultados dessa abordagem, que não sufoca o potencial dos alunos, são notáveis. Em Tóquio, surgem alunos como Yuta Okkotsu, que retomou o status de Grau Especial apenas alguns meses após a perda da entidade original Rika, que era considerada o segredo de sua força. Outro destaque de Tóquio é Kinji Hakari, distinguido por Gojo como um candidato ao título de mais forte. Com uma Expansão de Domínio que pode ser repetidamente empregada até assegurar a vitória, há poucos adversários que podem rivalizar com Hakari em combate.
Alunos de Kyoto formam uma unidade de equipe formidável
A Kyoto High pode não contar com talentos sobressalentes, mas em todas as batalhas que seus alunos dominaram, eles operaram como uma equipe extremamente coordenada. Essa estratégia lhes permite amplificar os pontos fortes uns dos outros, ao mesmo tempo em que compensam eventuais fraquezas compartilhadas. Durante o Desfile Noturno de 1000 Demônios de Geto em Jujutsu Kaisen 0, todo o esquadrão de Kyoto sobreviveu ao vigiar uns aos outros e se movimentar como um grupo, enquanto feiticeiros de alto calibre sucumbiram porque optaram por agir sozinhos. Além disso, durante o evento Goodwill, eles chegaram perigosamente perto de assassinar Itadori com sucesso, um feito impressionante por si só. Se não fosse pela intervenção de Todo, é difícil imaginar como essa luta poderia ter se desenrolado.
Uma exceção evidente a essa norma em Kyoto, que também serve para ilustrá-la, é Todo. Ao contrário de seus colegas, Todo não se submete à autoridade de Gakuganji e questiona a palavra do ancião. Ele prefere formar seu próprio julgamento sobre Itadori e adota um estilo de combate semelhante ao dos estudantes de Tóquio. Além disso, Todo tem uma preferência por enfrentar desafios individualmente e é considerado uma carta na manga entre seus pares. Sua distinção do restante dos estudantes de Kyoto pode se dever ao fato de que Todo originalmente foi treinado pelo Feiticeiro de Grau Especial e ex-aluno do Colégio de Tóquio, Yuki Tsukumo. Antes mesmo de ingressar em Kyoto, um senso de autoimportância, crucial para o desenvolvimento como feiticeiro de jujutsu, já estava enraizado nele.
